A Revolução da Inteligência Artificial: O Alerta da ONU e o Futuro Incerto

Esta semana, durante a assembleia anual da ONU, o Secretário-Geral, António Guterres, lançou um alerta intrigante e revelador sobre o mundo da Inteligência Artificial (IA).

Uma Fronteira Desconhecida: o Alerta de Guterres

«Quando mencionei inteligência artificial na minha palestra de 2017, apenas dois líderes pronunciaram o termo. Agora, IA está nos lábios de todos – um tema tanto de admiração quanto de receio.» 

Com estas palavras, Guterres exprimiu a sua preocupação sobre o reino emergente da IA generativa, o qual tem potencial tanto de inovação quanto de perigo. 

A proposta? 

Uma organização global semelhante à Agência Internacional de Energia Atómica para supervisionar e regulamentar a IA.

Autor: Cia Pak 
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Crédito: UN Photo/Cia Pak
Direitos de autor: Cia Pak / United Nations Photo
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Regulamentar ou Não: o Dilema da Era Digital

Enquanto alguns líderes e inovadores tecnológicos estão convencidos da necessidade de regulamentação, outros, como Jimmy Wales, veem-na com ceticismo. 

«A ideia de uma entidade como as Nações Unidas a regulamentar a IA é como sugerir que a ONU regule o Photoshop», expressou Wales, ressaltando o desafio inerente de controlar algo tão vasto e mutável quanto a IA.

Uma Regulamentação Global é Possível?

A questão é agravada pela realidade geopolítica. 

Países como a Coreia do Norte e o Irão poderiam não reconhecer regulamentações globais, tornando qualquer tentativa de controlo uma tarefa hercúlea. 

Contudo, com o crescimento exponencial da IA, a inação não é uma opção. 

A proposta de um órgão regulador global espelhado na Organização de Aviação Civil Internacional é um exemplo de potenciais caminhos a seguir.

Em tempos de evolução tecnológica acelerada, o destino da IA oscila entre o promissor e o perigoso. 

Com líderes e especialistas divididos sobre a questão da regulamentação, a jornada da IA está apenas a começar. E, como qualquer jornada, o caminho que escolhemos seguir definirá o nosso destino.

O Futuro da Inteligência Artificial e a Consciência

  • Estudo da Consciência: Historicamente, a consciência foi difícil de ser definida e estudada, sendo muitas vezes evitada na ciência natural. 
  • Contudo, recentemente, cientistas e filósofos têm-se dedicado a identificar características mensuráveis que podem indicar a presença de consciência em máquinas.
  • Processamento Recorrente: Uma das teorias sobre a consciência foca-se no processamento recorrente, distinguindo entre perceção consciente e inconsciente. Esta teoria sugere que a perceção torna-se consciente quando há um ciclo de atividade neural.
  • Desafios na Aplicação: Apesar dos avanços na compreensão da consciência, aplicar estas teorias a sistemas avançados de IA apresenta desafios, especialmente devido ao problema da «caixa preta» da IA, na qual os processos internos do modelo não são facilmente interpretáveis.

Chatbots e a Revolução da Inteligência Artificial

  • ChatGPT: Desenvolvido pela OpenAI, o ChatGPT tem captado a atenção do público devido à sua capacidade avançada de responder a questões complexas, escrever poesia, gerar código, entre outras funções.
  • Bing e Bard: Pouco após a estreia do ChatGPT, a Microsoft introduziu um chatbot semelhante (suportado pela openAI) no seu motor de pesquisa Bing. O Google também lançou o seu chatbot, Bard, com o objetivo de competir com o ChatGPT.
  • Ernie: Representando uma tentativa chinesa de competir no mercado, o Ernie foi lançado pela gigante de busca Baidu, mas não atingiu as expectativas.

Desafios Éticos e Legais na Era da IA

A ascensão acelerada da Inteligência Artificial não está sem controvérsias. 

Recentemente, OpenAI, a empresa responsável pelo revolucionário chatbot ChatGPT, enfrenta um desafio legal significativo. Um grupo de escritores proeminentes, incluindo John Grisham e Jodi Picoult, uniram-se numa ação legal contra a OpenAI. 

Acusam a empresa de violar direitos de autor ao utilizar os seus livros para treinar o ChatGPT.

Esta ação legal destaca uma área cinzenta no domínio da IA: até que ponto é ético usar obras protegidas por direitos autorais para treinar modelos de IA? 

As alegações sugerem que o ChatGPT pode produzir «obras derivadas» que imitam e resumem os livros dos autores, ameaçando potencialmente o mercado para as obras dos escritores. 

Estes desenvolvimentos legais, combinados com o rápido crescimento da IA, realçam a necessidade urgente de regulamentação e supervisão.

Além disso, a reação ao ChatGPT não se limita apenas ao campo legal. 

Douglas Preston, um dos escritores envolvidos no processo, expressou surpresa quando o ChatGPT descreveu detalhadamente personagens menores dos seus livros. 

Este nível de precisão reforça o debate sobre privacidade e propriedade intelectual na era da IA.

Para complicar ainda mais o cenário, a resposta institucional à crescente influência da IA está fragmentada. 

Enquanto a ONU e outros organismos reconhecem a necessidade de alguma forma de regulamentação global, as barreiras políticas e as tensões geopolíticas tornam difícil a criação de uma solução unificada. 

A invasão da Rússia na Ucrânia, por exemplo, praticamente paralisou qualquer possibilidade de ação coordenada no âmbito da ONU.

No entanto, mesmo sem uma entidade global de regulamentação, outros atores estão a agir. 

A Amazon, por exemplo, introduziu novas diretrizes para autores autopublicados sobre o uso de IA na criação de textos. 

A gigante do comércio eletrónico também limitou o número de títulos que os utilizadores podem carregar na sua plataforma de autopublicação.

Enquanto os limites e regulamentações da IA são debatidos globalmente, a questão subjacente permanece: 

Como podemos equilibrar inovação e ética na era da Inteligência Artificial? 

A resposta a esta pergunta definirá o futuro da IA e a sua integração na sociedade.

Preocupações com a Confiabilidade e Privacidade

Os chatbots de IA nem sempre fornecem informações corretas, levando a «alucinações» em que os utilizadores não conseguem distinguir factos de falsidades. 

Para combater isto, o Google revolucionou o botão «Google It» no site do Bard para verificar as respostas do chatbot. Este esforço destaca-se como um passo significativo para tornar a IA mais credível.

Num mundo onde a IA se entrelaça na nossa existência quotidiana, emergem questões inéditas que confrontam inovação com ética, direitos de autor com aprendizagem de máquinas e progresso com privacidade. 

A perspicaz observação de Guterres na ONU revela que a IA já não é uma mera ideia futurista, mas uma realidade tangível, carregada de potencialidades incríveis e dilemas inquietantes. 

A rapidez da evolução dos chatbots, como o ChatGPT, e a efervescência de desafios éticos e legais sublinham uma verdade inegável: a regulamentação não é uma mera possibilidade, é uma necessidade premente. 

No entanto, tal como na história da humanidade, sempre que cruzamos fronteiras desconhecidas é imperativo que o façamos com prudência, consciência e um olhar crítico. 

Nesta era digital sem precedentes, não estamos apenas a moldar a IA, mas a definir a essência da nossa coexistência com ela. 

Portanto, não é a tecnologia em si, mas as escolhas que fazemos sobre a sua implementação e regulamentação, que determinarão o legado que deixamos para as futuras gerações.

Este conteúdo faz parte da análise semanal da minha newsletter DIGITAL SPRINT, com foco em marketing, tecnologia e negócios online.

Leitura complementar:

Qual foi o alerta de António Guterres sobre a IA na ONU?

Guterres expressou preocupação sobre a IA generativa e a sua dupla face: inovação e perigo. Propôs uma organização global para supervisionar a IA.

Quais são os desafios legais enfrentados pela OpenAI com o ChatGPT?

Escritores, incluindo John Grisham e Jodi Picoult, acusam a OpenAI de violar direitos de autor ao usar os seus livros para treinar o ChatGPT.

Por que a regulamentação da IA é vista como uma necessidade?

A rápida evolução da IA, combinada com desafios éticos e legais, sublinha a urgência de regulamentação para equilibrar inovação e ética.

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